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OS NOVOS DESAFIOS DA IGREJA MATRIZ NO SÉCULO XX

Em meio aos novos desafios do século XX, a Catedral Metropolitana continuou sua luta em prol dos mais desvalidos socialmente, aliás, luta esta que é sua marca registrada desde sua origem no início do século XIX. Entretanto, agora os anseios do povo são outros e os novos protagonistas da catedral, bispos e padres estavam sensíveis às demandas inerentes do século XX, com ajuda de leigos, de autoridades civis e de militares a igreja matriz continuou escrevendo um novo capítulo de sua história.

Foram muitos os trabalhos sociais e principalmente espirituais voltados para a sociedade uberabense e de toda sua circunscrição arquidiocesana, tendo em vista, o imenso território eclesiástico que abrangia cidades como Ituiutaba, Patos de Minas e Uberlândia, que até pouco tempo a diocese contava com 92 mil km de extensão e com 500 mil habitantes, para se ter uma ideia da vastidão da diocese, basta uma comparação: o território da diocese equivalia ao de Portugal, ou então duas vezes Holanda e Bélgica juntas. As cidades eram todas ligadas por estradas municipais em péssimo estado de conservação, ao ponto de muitos automóveis ficarem horas e horas esperando socorro. Segundo relatos da época, daqui para Campina verde, por exemplo, era um dia de viagem.



Diante de todos os fatos narrados, termo noção de quão complicado era a missão sacerdotal de nossos bispos e padres. Dom Alexandre (4º bispo de Uberaba, 1940-1970) verificou logo que era preciso dividir a diocese, porém, só muitos anos mais tarde, o projeto do bispo diocesano se realizou. A primeira divisão foi a diocese de Patos de Minas, em 1955, seis anos depois, surgiria uma nova diocese, de Uberlândia. Um pouco mais de vinte anos depois seria feita uma nova divisão a diocese de Ituiutaba, já então sob o governo de Dom Benedito Ulhoa.

Em 1962 Uberaba foi elevada a metrópole de uma província eclesiástica, basicamente como dito antes, o território da igreja era enorme, a diocese foi se dividindo e formando novas dioceses, nela se encontra um bispo que tem o título de arcebispo. A arquidiocese funciona como uma diocese, entretanto, ela agrupa em torno de si outras dioceses menores ou mais novas, elas não dependem da Arquidiocese, mas se harmonizam agrupadas, em uma província eclesiástica.

Várias foram as igrejas construídas sob os auspícios da igreja matriz, sob a coordenação do bispo Dom Alexandre: paróquia de São Domingos, Santa Terezinha, São Benedito, Nossa Senhora de Fátima e muitas outras. Tantos foram as ordens religiosas que aqui se instalaram: os Beneditinos, os Franciscanos, os Redentoristas, os Capuchinhos, as Beneditinas, as Carmelitas, contribuindo cada qual ao seu modo com a elevação da fé de nossa arquidiocese.


Dom Benedito Ulhoa, 2º arcebispo de Uberaba ( 1978-1996), juntamente com Dom Roque Oppermann, 3º arcebispo de Uberaba ( 1996-2012), tiveram uma história de amor e de amizade com a nossa querida Uberaba, ambos fortaleceram um período de abertura para os meios de comunicação, ampliaram significativamente o número de paróquias e do clero; um fato relevante de Dom Roque em sua trajetória de 16 anos a frente da arquidiocese foi a questão do diácono permanente, muito comum em séculos passados, onde o arcebispo trabalhou com afinco no sentido de reestabelecer novas turmas para o diaconato. Outra ação de fundamental importância para a arquidiocese de Uberaba foi a criação de uma assessoria de imprensa e com ela veio o nascimento da rádio metropolitana que até hoje sob a presença incondicional do monsenhor Valmir presta serviços relevantes de evangelização e de valorização da fé católica.

Wellington Itamar

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