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Seminário Arquidiocesano de Uberaba no enfrentamento à Covid-19

Há algumas semanas, especialmente nos últimos dias, nossos meios de comunicação, as pessoas a nosso redor só falam de uma coisa: a explosão da pandemia da COVID-19, uma enfermidade que tem alto grau de capilarização em sua transmissão, bem como uma velocidade que desafiou o sistema de saúde de todo o globo terrestre, fazendo-o tomar medidas extremas diante da quantidade também extrema de mortes, principalmente de pessoas mais idosas e já enfermas. Desde então, diversas medidas foram tomadas pelas autoridades públicas, sanitárias e eclesiásticas, o que inclui nossa Arquidiocese que, no dia 17 de março, emitiu comunicado oficial, em comunhão com a Igreja universal, orientando a prática de nossa Igreja particular. Nosso Seminário, obediente a nosso Arcebispo, tomou para si as mesmas orientações e desde então as tem seguido com toda atenção e obediência filial. Restou-nos, porém, explicar de forma ainda mais clara por que nossos seminaristas permaneceram na cidade de Belo Horizonte, “confinados” no prédio de nosso seminário. Essa resolução foi tomada de forma dialogada e madura, construída por toda nossa casa formativa sob a orientação segura, firme e paterna de nosso reitor, Padre Vanderlei e de nosso Arcebispo, Dom Paulo. O Seminário optou por permanecer em Belo Horizonte, a princípio, porque não estamos de férias e somos conscientes das demandas formativas nas quais estamos inseridos. Vinculados academicamente à Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, estamos passando por uma fase de intensa adaptação a uma forma de aulas remotas, com muitas aulas on-line, ao vivo, e uma ainda maior demanda de textos, livros e trabalhos acadêmicos. Portanto, permanecer no Seminário nos tem possibilitado cuidar de tudo isso com maior foco e dedicação. Fazendo assim, podemos dar o merecido retorno ao grande investimento que nossa Arquidiocese faz em nossa formação. Para além das questões acadêmicas, nossa formação é muito mais ampla e, permanecendo aqui, podemos mantê-la espiritual e, principalmente, comunitária. Temos feito a experiência de viver fraternalmente, dia após dia, este tempo de reclusão e podemos garantir que temos crescido muito, todos juntos, tornando-nos mais solidários, caridosos, pacientes e empáticos uns com os outros. Também permanecemos para poder rezar por nossa Arquidiocese, por nosso povo, principalmente neste período quaresmal que nos é tão caro. Todas nossas celebrações têm sido transmitidas pelas redes sociais e a vida de cada uma das pessoas de nossa terra tem sido colocada na Comunhão Eucarística que recebemos e que você, leitor, pode fazer de forma espiritual, em unidade conosco. Este é o caminho que encontramos para ajudar, ainda que minimamente, as pessoas que estão – e devem permanecer enquanto for necessário – em suas casas. Estamos em nosso Seminário porque devemos ficar em casa, e esta é nossa casa, o espaço que nosso povo nos oferta para, no tempo oportuno, poder servi-lo. Aqui estamos em segurança e cuidando de que nossos familiares, amigos, e você leitor, também estejam. Mais seguros ficaremos, porém, se nos recordarmos todos os dias Daquele que nos mantém vivos em sua graça e esperança, nosso amado Deus de ternura. Ele não nos abandona, Ele não nos esquece, Ele nos tem junto de seu Coração. Lembremos isso durante este período quaresmal, tão propício à revisão de vida. Lembremos ainda mais ao som da voz de Dom Serafim Fernandes de Araújo, Cardeal e Arcebispo emérito de Belo Horizonte, falecido no ano passado: todos “nós estamos na palma da mão de Deus!” Seminarista Welder Castro P. Andrade



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